segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Para o pós futuro

Vezes, me sinto alegre demais,
Triste demais
Ou esperançosa demais.
Alterada demais
Ou passiva demais.
Sou um extremo,
Um ápice apreensivo,
Uma falta de meio termo.
Um caminho só de ida
Ou a falta de caminho.
Vezes é sofredor,
Vezes prazeroso.
Sei que quando há luz,
Sou um ponto negro.
Na ausência do clarão,
Sou luz ofuscante e exagerada.
No calor, tremo.
No firo, queimo.
Sigo as circunstâncias,
Os apelos do coração,
Do corpo.
Na sua tristeza choro,
Alegria divido com abraços.
Nas suas dúvidas me perco,
Nas certezas me apoio.
És meu leme e meu náufrago.
E na tristeza deste mundo oscilo sem muitas regras.
“como as ondas que não sabem onde vão quebrar.”
Sábias palavras de alguém que me conhece mais que eu conheço a mim.
Acredite! Sou fé por si só.
Vivo por conseqüências que tolamente não percebi que escolhi.
Vivo sem saber o que seria de fato viver,
Mas tenho o consolo da certeza de que viver é sempre um engano,
Um único ato sem script,
Com personagens transitórios e sem nenhum papel fixo na idéia de viver.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Prazer! Alterego: Deus!

Ah, meu bem! Sou dona de mim! Foi sempre assim, eu pondo e me impondo diante de tudo. Sempre funcionou. Ninguém nunca me levantou o tom, nem replicou e muito menos pensou em discordar! É tão bom não ser questionada! Vou toda cheia de verdade e levanto a cabeça para passar. Bobeira de quem não se faz inquestionável. E sempre aquelas bobeiras de alguns transgressores: mas eu não posso nem me posicionar? Mas é claro que não! Nem pense! Para melhorar sua vida evite pensar, isso vai te salvar, vai te levar pro seu paraíso. E eu sou o livro, sou o inquisidor, não ouse questionar!