segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Maria Marias


Maria! Que coisa mais feia, se meter a lamber buceta!
Quem diria!? De santa virou comedora de vagina velha, nova, dura e macia.
E está brincando de colocar mamilo na língua enquanto pensa na quentura das coxas fechadas pelo súbito espasmo que sua mão firme causa na menina, que ainda se diz virgem.
Maria! Quanta sacanagem você pensa antes da oração! E se incha tanto que a calcinha brinca de ser sua “mão de mulher boa”.
Que rosto rubro Maria! Da cor exata da buceta que você não lambeu só para garantir uma segunda, terceira, quarta vez.
Que dia vai cortar as unhas, Maria? Aprendeu com quem se meter a comer?
Não, Maria! Não fica de quatro se ela ainda quer a estancada firme de seus movimentos de mulata que sabe sambar.
Fala, manda falar! Fala pra te chupar, fuder, mijar! Fala o que você com ele, não teve tesão de revelar!
Oh, Maria! Deixa a menina te amarrar, te espancar, te colocar abaixo de vagabunda que gosta de pinto grande pra chupar.
Deixa de ser boba, mulata! Goza agora que daqui a dois minutos dá pra de novo vocês brincarem de se tocar.
Vai dizer que não sabe que pode gozar quantas vezes ela agüentar?
Libera o pudor Maria, deixa pra lá!
Deixa de ter nojo da água quente que jorra na sua boca. Mete enquanto chupa, engole, dá tapa na cara dela, ela vai gostar!
Vai, Maria, duvido que você da a bunda pra ela sem gritar!
Duvido que você goza só de olhar ela se tocar.
Duvido, Maria! Duvido que você não vai gostar!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

"_ Salve! _Como é que vai? _ De amigo há tanto tempo..."

_ Qual foi o trago mais dolorido que já tomou?
_ Te respondo sem pestanejar, amigo! Foi o trago dos desagravos. O trago diante o espelho que me pôs frente a frente com quem eu não conheço. Foi quando eu percebi que havia desistido, que o mundo me é tão ridículo que me escondi dele numa fenda de estratagemas polidamente fingidos.
_ Mas não me respondeu, camarada! Quero saber qual lhe doeu mais a garganta.
_ Bom, que mais doeu não sei relembrar, mas o que me rasgou o paladar foi engolir a saliva, a porra, o suor de quem eu não escolhi por gostar. Não me deram alternativa amigo, era arriar ou arriar. Daí esqueci de mim, já não me fazia diferença a escolha. Mas uma coisa lhe digo, a felicidade de terceiros promovi, talvez (digo-lhe isso por não ter nada de melhor a dizer), talvez isso tenha valido à pena.
_ Não se engane, seu calhorda! Não vê que quando deus fecha uma janela abre várias portas?
_ Porta nenhuma vi! Talvez uma se escancarava para mim, mas não me deixaram entrar, então tapei os olhos, era doer demais ver e não caminhar para seu vão, e ter a certeza de uma outra alternativa que não a dor de ser o que eu sou já me causa. É, amigo,você perde a credibilidade quando desiste de caminhar. Até seu deus de mim duvida: coloca provas e não mostra saídas, coloca o pé e covardemente me faz tropeçar. Quando penso que é amor, todos transformam tudo em algo que é tudo, menos amor. Aí desisto.
_ Mas primo, cadê o teu olhar destemido, a força que todos julgaram ser sua?
_ Você não teria estômago para escutar. Mas retomo o início da conversa fiada: O trago mais dolorido que conheço é o da cachaça!




"- O apreço não tem preço, eu vivo ao Deus dará."


(Para amiga de velhas datas, e com certeza de futuras datas também! Fernanda Cristina, amiga, companheira, confidente.)

Quero ser minha para poder ser sua.
Quero nunca mais partir
Para longe de mim.
Vem, alivia, adianta, adivinha
Quero ser sua pra poder ser minha. (Elisa Lucinda)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Colorido


Ela trazia a lua na boca,
E nos dentes o sol ainda havia de nascer.
Suas pernas caminhavam passos de toda a humanidade.
Suas mãos arquitetavam o infinito
E os braços abraçavam o incorreto, o transformando imediatamente em santidade.
Quando saia levava consigo todo o meu íntimo,
E quando voltava trazia flores plantadas no céu.
Sabia voar e colhia nuvens.
Mesmo que nada dissesse, enchia-me de acalanto.
Seu sexo me desnudava a alma,
E seu futuro só poderia ser em minha boca.
Nada se encaixava melhor em meu dorso do que seus quadris.
E dentro de mim contraíam-se mundos para explodir-me em deliciosos pecados.
A boca seca por afoita respiração contrastava com pernas e lençóis e mãos escorrendo eternidades.
De vagabunda e vadia, sentia-me a Santa Maria sendo fecundada de imenso prazer,
Pronta para parir a salvação da humanidade.
E em um gemido rouco, com exaustão, ela trazia a lua na boca e nos dentes o sol nascera.