Vezes, me sinto alegre demais,
Triste demais
Ou esperançosa demais.
Alterada demais
Ou passiva demais.
Sou um extremo,
Um ápice apreensivo,
Uma falta de meio termo.
Um caminho só de ida
Ou a falta de caminho.
Vezes é sofredor,
Vezes prazeroso.
Sei que quando há luz,
Sou um ponto negro.
Na ausência do clarão,
Sou luz ofuscante e exagerada.
No calor, tremo.
No firo, queimo.
Sigo as circunstâncias,
Os apelos do coração,
Do corpo.
Na sua tristeza choro,
Alegria divido com abraços.
Nas suas dúvidas me perco,
Nas certezas me apoio.
És meu leme e meu náufrago.
E na tristeza deste mundo oscilo sem muitas regras.
“como as ondas que não sabem onde vão quebrar.”
Sábias palavras de alguém que me conhece mais que eu conheço a mim.
Acredite! Sou fé por si só.
Vivo por conseqüências que tolamente não percebi que escolhi.
Vivo sem saber o que seria de fato viver,
Mas tenho o consolo da certeza de que viver é sempre um engano,
Um único ato sem script,
Com personagens transitórios e sem nenhum papel fixo na idéia de viver.
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