Era um homem... com pernas, braços, cabeça funcional e provavelmente algumas idéias possuía.
Era exposto, "intro-ativo" (a não ser por sua função cristã de hospitaleiro do mundo!), tinha alguns dentes que ainda o proporcionavam uma mastigação razoável.
Falava com entonação de guerreiro e guerriava com os ratos por território.
Era um João-De-Todo-Mundo.
Fedia muito menos do que os olhares que recebia, e guardava em seu "corpo de pandora" todas as boas desgraças da vida.
Servia de ponto de referência:
"Tá vendo, meu filho, agradeça à Deus por ter uma família!".
Deve ser bom não passar desapercebido, o que deve doer é a falta de senso dessa caridade bandida.
"Aqui, meu senhor, um pãozinho, um dinheirinho, um pouquinho da indulgência que paga por mês...".
E foi aí que eu entrei nessa história, com meu "olhar-de-tudo-mundo" e o com um texto pra ninguém.
Texto escrito em 2006, enquanto eu passava pela Santos
Dumont...
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