sábado, 23 de outubro de 2010

Depósito de parasitas sociais

           Era um homem... com pernas, braços, cabeça funcional e provavelmente algumas idéias possuía.
           Era exposto, "intro-ativo" (a não ser por sua função cristã de hospitaleiro do mundo!), tinha alguns dentes que ainda o proporcionavam uma mastigação razoável.
           Falava com entonação de guerreiro e guerriava com os ratos por território.
           Era um João-De-Todo-Mundo.
           Fedia muito menos do que os olhares que recebia, e guardava em seu "corpo de pandora" todas as boas desgraças da vida.
           Servia de ponto de referência:
           "Tá vendo, meu filho, agradeça à Deus por ter uma família!".
            Deve ser bom não passar desapercebido, o que deve doer é a falta de senso dessa caridade bandida.
            "Aqui, meu senhor, um pãozinho, um dinheirinho, um pouquinho da indulgência que paga por mês...".
            E foi aí que eu entrei nessa história, com meu "olhar-de-tudo-mundo" e o com um texto pra ninguém.





                                                                             Texto escrito em 2006, enquanto eu passava pela Santos
                                                                              Dumont...

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